Literatura de Bordel

Isto não é um blog! É apenas um pedaço de nada dedicado a minha loucura. Por isso, fique a vontade e CUIDADO para não pisar nos periquitos.

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Publicitário, 35 anos, carioca radicado em Lisboa. Este sou eu, pelo menos por enquanto.

terça-feira, setembro 28, 2004

Ele & Ela

Depois de muito tempo procurando, finalmente a encontrou. Foi ao acaso, como deve ser todo primeiro encontro com a mulher da sua vida. Era uma sexta-feira, o clima estava bom, e ele estava meio cansado, pois a semana tinha sido puxada no trabalho. Mas, como havia marcado com Diego para tomar umas, resolveu ir para bar.

Ficou ali esperando e tomando. Uma, duas, três, quatro cervejas. Sempre foi um sujeito resistente para cerveja, por isso, enquanto esperava, bebia. Foi então, que observando as mesas, viu pela primeira vez, em uma mesa com mais quatro mulheres, ela, a mulher mais linda que já havia visto em toda sua vida. Diego estava atrasado, mas quem queria saber do Diego a essa altura, ele finalmente havia encontrado ela.

Todos olharam quando ele se levantou, chegou junto à mesa, e pediu para que ela lhe acompanhasse para tomar uma com ele. As outras mulheres da mesa pareceram não gostar muito. Mas, já acostumado com atitudes curitibocas de curitibanas metidas, simplesmente as ignorou. Ela aceitou tomar uma cerveja com ele, se levantou e foi a sua mesa. Pediu mais um copo para o garçon, que lhe perguntou Você quer que troque o copo? e ele respondeu, Não, quero um copo para a mulher da minha vida. O garçon riu e balançou a cabeça, ela riu com um ar tímido e ele apenas esboçou um sorriso entre os lábios, fixando seus olhos nos dela.

Ela era definitivamente linda. Cabelos loiros cacheados, que nem daquelas bonequinhas que ele via na infância e que sua mãe guarda até hoje no armário de casa. Olhos pequenos, como dois planetas cintilantes que transbordam vida. Pele branca e a altura ideal. Não usava maquiagem, o que é raro nos dias de hoje, mas para ele era simplesmente perfeito.

Ficaram ali conversando durante alguns minutos que mais pareceram anos. Trocaram confidências, compartilharam segredos e descobriram que ambos eram apaixonados por cinema. Ele por cinema comercial e ela pelo cinema arte. Nesse ponto, divergiram pela primeira vez, mas até isso ele achou maravilhoso nela. Queria ele conseguir expressar em palavras o quanto era imenso tudo aquilo que estava sentindo. Mas, por mais que tentasse, não conseguia traduzir o sentimento de ter achado a mulher que sempre procurou. O que importava é que havia achado.
Foi quando Diego chegou, caminhou até a mesa que ele estava e ficou ali, de pé. Ele nem percebeu, estava tão entretido com a conversa que... Hei, eu tô aqui cara! O pneu furou, aí eu atrasei. Oh Diego, foi ótimo você ter se atrasado, conheci a mulher da minha vida, essa aqui é a... Cara, não tem ninguém aí, você está falando sozinho desde que eu cheguei.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Ok, ok, mas que você não estava falando sozinho, isso não estava. Ass: Diego

9:40 PM  

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