Roda Viva
Já era tarde da noite quando aquela velha me abordou na Rua XV. Estava frio, era inverno e eu estava completamente embriagado.
- Hei, menino!
- Não tenho dinheiro.
- Não é isso o que eu quero.
- E o que é então?
- Segura meu pau.
- O quê?
- Meu pau, esse bastão aqui, segura.
- Pra que serve essa merda?
- Bate com ele na minha cabeça. Agora! Com toda a sua força.
- Como assim?
- Vamos, bate logo.
- Você quer que...
- É, vai, bate com esse bastão na minha cabeça.
- Eu não vou fazer isso porra nenhuma. Cê ta louca?!
- Bate, vamos.
- Eu não. Toma de volta esse bastão.
- Vamos menino, bate com esse pau na minha cabeça. Você vai gostar, vai gostar de ouvir o barulho da minha cabeça partindo.
- Cê tá mesmo louca não é velha. Que foi, fugiu do hospício?
- Vamos. Seja homem uma vez na vida e bata na minha cabeça.
- Já falei que não vou bater e pronto. Toma de volta esse pedaço de pau.
- Eu não vou pegar.
- Tudo bem, eu deixo aqui mesmo. Tchau e ben... hei, que porra é essa?
- Uma agulha infectada com Aids, agora é uma questão de vida ou morte.
- Como? Não, não, estou te entendendo.
- Funciona assim seu menino burro. Você tem cinco segundos pra pegar essa merda de bastão e acertar a minha cabeça, senão quem morre é você. Cinco, quatro, três, dois.
Meia hora depois eu ainda estava ali na Rua XV. Até que um bêbado de uns quarenta e poucos anos passou por ali.
- Hei, cara!
- Tô sem grana hoje.
- Não é isso que eu quero.
- Hei, menino!
- Não tenho dinheiro.
- Não é isso o que eu quero.
- E o que é então?
- Segura meu pau.
- O quê?
- Meu pau, esse bastão aqui, segura.
- Pra que serve essa merda?
- Bate com ele na minha cabeça. Agora! Com toda a sua força.
- Como assim?
- Vamos, bate logo.
- Você quer que...
- É, vai, bate com esse bastão na minha cabeça.
- Eu não vou fazer isso porra nenhuma. Cê ta louca?!
- Bate, vamos.
- Eu não. Toma de volta esse bastão.
- Vamos menino, bate com esse pau na minha cabeça. Você vai gostar, vai gostar de ouvir o barulho da minha cabeça partindo.
- Cê tá mesmo louca não é velha. Que foi, fugiu do hospício?
- Vamos. Seja homem uma vez na vida e bata na minha cabeça.
- Já falei que não vou bater e pronto. Toma de volta esse pedaço de pau.
- Eu não vou pegar.
- Tudo bem, eu deixo aqui mesmo. Tchau e ben... hei, que porra é essa?
- Uma agulha infectada com Aids, agora é uma questão de vida ou morte.
- Como? Não, não, estou te entendendo.
- Funciona assim seu menino burro. Você tem cinco segundos pra pegar essa merda de bastão e acertar a minha cabeça, senão quem morre é você. Cinco, quatro, três, dois.
Meia hora depois eu ainda estava ali na Rua XV. Até que um bêbado de uns quarenta e poucos anos passou por ali.
- Hei, cara!
- Tô sem grana hoje.
- Não é isso que eu quero.
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