Literatura de Bordel

Isto não é um blog! É apenas um pedaço de nada dedicado a minha loucura. Por isso, fique a vontade e CUIDADO para não pisar nos periquitos.

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Local: Lisboa, Lisboa, Portugal

Publicitário, 35 anos, carioca radicado em Lisboa. Este sou eu, pelo menos por enquanto.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Amor Passageiro

Seus seios apareciam parcialmente revelados no decote de sua roupa. Lindos, médios, alvos, duros como pêras proibidas dos jardins suspensos. Diretamente acima dele seu colo, limpo, sem jóias, porém mais valioso que qualquer adereço criado pelo homem. Ligando, por uma estrada de finas veias de sangue azul, seus seios ao seu rosto. Perfeito, com traços delicados e salientes olhos castanhos, em que perdi cerca de trinta minutos analisando calmamente cada traço tímido da expressão da inocência, até chegar a seus cabelos. Macios, longos, no cumprimento da cintura, castanhos puxados para o loiro e lisos. Não consegui enxergar nenhum traço de imperfeição. Estava extasiado.

Após a análise, pensei na possibilidade de ficarmos juntos, de casarmos e quem sabe até termos filhos. Naquele momento parecia algo perfeitamente aceitável. Ela bocejou, eu também. Tive a certeza então de que havíamos sido feitos um para o outro. Viveríamos felizes para sempre.

E suas preferências? Seria necessário conhecer mais a respeito dela. Tinha que saber sua cor preferida, sua flor preferida, sua posição preferida. Tinha que me lembrar exatamente há quanto tempo estávamos juntos, qual era nossa música preferida e qual o momento em que tive a certeza de que ela era a mulher da minha vida.

Mas isso construiríamos com o tempo. Agora era a hora de falar tudo isso para ela. Antes que...

Ela virou as costas e foi embora. Não pude deixar de notar suas nádegas, entumecidas, passarem pela minha frente. Segui-a, como um cão que corre atrás de uma cadela no cio.

Explicando o inexplicável.

O caso é o seguinte: a menina em questão tem cerca de treze anos de idade e eu, bom, eu tenho quarenta e seis. Por isso, deixo que você decida o final desse conto.

Passando a bola para um dos três finais.

Final 1 – Corri em sua direção, pedi que esperasse. Após me ignorar por alguns metros de caminhada, perguntou sobre o que se tratava. Expliquei que estava apaixonado por ela, que ela era a mulher da minha vida e que sabia que a diferença de idade impedia nosso relacionamento. Ela abriu um sorriso tímido, gostou. Disse que tinha apenas treze anos e que seu nome era Helena. Pedi seu telefone e disse que ligaria quando ela completasse a maioridade, daqui a cinco anos.

Final 2 – Caminhei em sua direção. Peguei-a pelo braço e a joguei contra a parede da viela. Estava escuro e assim que ela bateu com a cabeça, desmaiou. Abri sua calça, rasguei sua roupa e, com um misto de excitação e medo, enfiei minha pica na sua xoxotinha virgem. Gozei dentro.

Final 3 – Segui ela por algumas quadras. Não sabia direito o que estava fazendo, nem por que estava fazendo. Sei que no meio do caminho me lembrei da minha esposa, dos meus filhos, que por sinal eram mais velhos que ela, e de toda a vida que estava prestes a desperdiçar. Parei e voltei para casa.