A valsa do sonho.
Lá estava eu à espera do nosso encontro. Engraçado, nunca havia sentido aquela sensação do perfume aveludado das azaléias invadindo meus pulmões... Olhei para o lado e vi o maior campo de azaléias que jamais havia visto. E, bem lá no meio, correndo entre as flores, fazendo levantar uma revoada de borboletas, uma menina. Ela usava um vestido branco, comprido, daquele tipo de pano que não precisa passar para usar. Ela vinha em minha direção; crescia a cada metro e se transformava em uma mulher. Fiquei assustado no começo, admito, jamais havia visto tal garota. Conforme crescia, me parecia mais familiar. Foi quando meu panda - o Astrogildo - soltou bem ali, entre as flores, dois pequenos peixes, tinham nomes engraçados, não me lembro os nomes agora. Só sei que eles nadavam rápido, pareciam golfinhos quando acompanham o barco em alto mar, e também pulavam, fazendo graça para o sol em direção à menina. Pareceu-me que a vida inteira eles haviam nadado em campos de flores.
E lá estava eu. Mais um momento mágico de um encontro real. Engraçado como não havia visto o panda até precisar dele. Se não fosse por ele... Os peixes nadavam rápido em direção à menina que a essa altura já era uma mulher, alta, de longos cabelos negros e um sorriso que se ornava de forma perfeita com a leveza do clima. Assim que viu os pequenos peixes se aproximarem, parou, olhou e após uma breve conversa continuou correndo em minha direção. O sol se exibia sem pudores, parecia ansioso pela chegado do clímax.
Finalmente ela havia chegado, um minuto antes do que havíamos combinado, bem em frente ao portão de ferro, na calçada de paralelepípedos quadrados - uns cinza e outros preto -, uma e cinqüenta e quatro da madrugada, com o sol genialmente a pino. Ela me reconheceu por causa do panda, havia avisado que estaria com ele. O momento era imenso demais para existir qualquer coisa além de nós. Senti sua mão encostar em meu ombro, tinha certeza que era ela. Definitivamente ela havia conseguido, esse era o nosso encontro perfeito.
O panda soube entender, pegou sua rede e foi caçar borboletas. Os peixes souberam entender e decidiram nadar no campo de girassóis de Van Gogh, a uns setecentos metros dali. As azaléias saíram, dançando bastante, para deixar no ar o seu perfume e algumas borboletas. O sol dividiu seu espaço com a lua, e escondeu-se só um pouco, para dar lugar ao céu de Monet. Um canário, daqueles com cabelo engraçado, cantava, embalando nosso encontro. O engraçado mesmo era que o seu canto mascarava a realidade, as desavenças, as diferenças, as expectativas e isso nos despertou uma tremenda vontade de dançar. Assim, dançamos, nos escondendo de nós mesmos, entre passos vacilantes, na falsa valsa do sonho.
E lá estava eu. Mais um momento mágico de um encontro real. Engraçado como não havia visto o panda até precisar dele. Se não fosse por ele... Os peixes nadavam rápido em direção à menina que a essa altura já era uma mulher, alta, de longos cabelos negros e um sorriso que se ornava de forma perfeita com a leveza do clima. Assim que viu os pequenos peixes se aproximarem, parou, olhou e após uma breve conversa continuou correndo em minha direção. O sol se exibia sem pudores, parecia ansioso pela chegado do clímax.
Finalmente ela havia chegado, um minuto antes do que havíamos combinado, bem em frente ao portão de ferro, na calçada de paralelepípedos quadrados - uns cinza e outros preto -, uma e cinqüenta e quatro da madrugada, com o sol genialmente a pino. Ela me reconheceu por causa do panda, havia avisado que estaria com ele. O momento era imenso demais para existir qualquer coisa além de nós. Senti sua mão encostar em meu ombro, tinha certeza que era ela. Definitivamente ela havia conseguido, esse era o nosso encontro perfeito.
O panda soube entender, pegou sua rede e foi caçar borboletas. Os peixes souberam entender e decidiram nadar no campo de girassóis de Van Gogh, a uns setecentos metros dali. As azaléias saíram, dançando bastante, para deixar no ar o seu perfume e algumas borboletas. O sol dividiu seu espaço com a lua, e escondeu-se só um pouco, para dar lugar ao céu de Monet. Um canário, daqueles com cabelo engraçado, cantava, embalando nosso encontro. O engraçado mesmo era que o seu canto mascarava a realidade, as desavenças, as diferenças, as expectativas e isso nos despertou uma tremenda vontade de dançar. Assim, dançamos, nos escondendo de nós mesmos, entre passos vacilantes, na falsa valsa do sonho.
1 Comments:
Se pudermos dançar valsa ao som de Madredeus, pra mim está mais do que perfeito!
É um prazer participar dessa sua "vida comentada". Eu já estava com saudades...
Só estou bastante pensativa e, confesso, também preocupada, com essa "evolução" de menina pra mulher.
"Fale mais sobre isso..." rsrsrs
Bjos!
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