Literatura de Bordel

Isto não é um blog! É apenas um pedaço de nada dedicado a minha loucura. Por isso, fique a vontade e CUIDADO para não pisar nos periquitos.

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Local: Lisboa, Lisboa, Portugal

Publicitário, 35 anos, carioca radicado em Lisboa. Este sou eu, pelo menos por enquanto.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

A visão bifocal.

Assim que acordei percebi que aquele Filho da Puta tinha me enganado de novo. Lá estava ele, dormindo como se nada houvesse. Eu já tinha tentado conversar com ele diversas vezes, mas ele sempre foi grosso e preferia viver dando suas cabeçadas por aí. Mas dessa vez ele tinha passado dos limites, de todas as coisas impensadas, feitas por impulso e não inconseqüentes, essa era a pior. Ele fazia isso porque sempre contou com meu apoio, sempre passei a mão em sua cabeça. Mas, dessa vez eu havia pego ele em flagrante, não tinha desculpa que o tirasse daquela situação. Puxei ele em um solavanco pra fora e comecei a berrar, descontroladamente. Ele ficou ali, murcho, como se não fosse com ele. Aquilo foi me enervando, me tirando do sério pra dizer a verdade. Comecei a dar tapas nele e nada. Xingava de tudo que é nome, batia cada vez com mais força e no meio daquela briga eu repetia incessantemente: - Está doendo mais em mim do que em você. Mas dessa vez você tem que aprender. Dei tanta porrada, berrei tanto, que acabei desmaiando. Quando acordei, ele simplesmente não estava mais ali. Tinha me abandonado, para sempre, saiu. Depois de mais de trinta anos de relacionamento ele havia ido embora sem se despedir. A única coisa que desejei naquele momento foi que ele voltasse, se comigo por perto ele já aprontava, fico imaginando agora, sozinho e solto na vida. Em quantas bucetas sujas aquele caralho ia entrar?

A visão ciclope.

Foram 37 anos de convivência. Passamos por muitas aventuras juntos. Sem dúvida ele era um grande companheiro. Tá certo que nem sempre nos entendíamos no que diz respeito aos horários. Ele não queria saber, quando não estava afim de acordar ele me socava até eu acordar. E, por outro lado, tinham vezes que eu ficava ligado durante horas e ele nem aí, me ignorava sumariamente. Era uma relação muito cômoda pra ele, mas eu nunca reclamei. Às vezes ele ficava horas brigando comigo, eu fingia que não ouvia nada, eu sabia que a culpa não era minha afinal, quem me levava até a ação eram as pernas deles. O fato é que a nossa relação foi se desgastando com o tempo e eu já vinha pensando em uma maneira de fugir. Quando aquela buceta me acolheu tão bem daquela forma, cheguei à conclusão que ali seria um excelente novo lar pra mim. Ele perdeu o controle naquela manhã, me surrando, me xingando e me humilhando, foi a minha deixa. Aproveitei que ele desmaiou e fugi. Nunca mais quero ver aquele Filha da Puta, agora ele vai ter que se virar sem mim.

A visão holística.

Foi uma noite típica. Bebi feito uma cadela, procurei um otário qualquer, e dei sem parar durante a madrugada inteira. Desde que eu peguei AIDS, por causa de um merda de um namorado que resolveu me trair com um travesti sem camisinha, fiquei revoltada e sai trepando sem parar. Quando o idiota quer foder sem camisinha eu dou mesmo, não tô nem aí. É claro, que quando ele pede pra usar camisinha eu deixo. Mas, aquele idiota prepotente, quarentão, ficou babando assim que passei - modéstia a parte, e apesar da AIDS - sou uma puta de uma gostosa. Tenho um metro e setenta e cinco, seios fartos, bundinha empinada com uma tribal no lombo, olhos verdes e pele bem branca. O negócio é que sempre gostei mesmo foi de dar e aquele velho babão, apesar de tudo, tinha uma pica boa. Sei que acordei aquela manhã com um solavanco, a cena que se seguiu não foi nada agradável, ele berrava de forma descontrolada com o próprio pau, que louco. Parecia que ele sabia que eu tinha AIDS. Fiquei congelada de nervoso. Não sabia como reagir. Depois de um ataque histérico de uns cinco minutos, um monte de palavrões e de bater no próprio pau, ele desmaiou. O seu pau estava ali, jogado e cheio de hematomas... resolvi acaricia-lo um pouco. Vi que ele deu sinais de vida. Dei mais uma trepada. Era estranho, na verdade foi a sensação mais estranha trepar com um corpo inanimado. Mas, parecia que a pica tinha vida própria e tinha mesmo. O pau dele entrou com tudo em mim. Dei um pulo pra trás e vi que aquele cacete continuava dentro de mim e o melhor, me dando prazer. Resolvi leva-lo comigo.

3 Comments:

Blogger Ivan said...

supimpa, descomunal, escalafobético:

sem viadagem: um texto assim estupra todas as bucetas da minha inteligência

4:56 PM  
Blogger Felippe Motta said...

Massa, que bom que alguém leu... já é um começo - hehehe.

9:50 AM  
Blogger Carla said...

Eu também li - antes de ser publicado, até. %-) E reitero meus cumprimentos ao parturiente.

10:35 AM  

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